domingo, 14 de setembro de 2008

Vivemos realmente uma liberdade de imprensa?

O embate político está acirrado. As posições políticas também.
Em tempos idos, sempre que uma crise política se abatia, a primeira coisa que se fazia era "empastelar" os jornais, os mais importantes meios de comunicação. Por que isso acontecia?
Porque desde sempre a imprensa brasileira se posicionou politica e partidariamente.
Isso é ruim? Não sei exatamente. Apenas acho que para ser honesta e sincera era preciso que a imprensa dissesse que apóia tal e qual posicionamento político, como é feito, por exemplo nos EUA.
Hoje, o meio de comunicação mais poderoso é a televisão e ainda que ele seja considerado um serviço público, move-se, via-de-regra, por interesses comerciais e políticos. Mas no Brasil querem sempre parecer isentos.
As emissoras não prestam um serviço público eficiente. Não há espaço para assuntos que interessam a coletividade no chamado horário nobre. Assuntos como a destinação do lixo, o trânsito nas cidades, o meio-ambiente, a urbanização, estão em horários antes das sete da manhã ou em canais pay-per-view, quando estão.
No horário nobre, apenas "divertimento": novelas, filmes de ação, jornais que parecem que foram feitos pelas mesmas pessoas em todas as emissoras, tal a igualdade das notícias e do tom de cada uma delas.
Meu pai foi fotógrafo e na sua época haviam os grandes articulistas e jornalistas locais e nacionais. Penso que eles não falavam sobre tudo que queriam livremente. Mas que parece que falavam mais livremente de que como se fala nos dias atuais, apesar de vivermos um amplo momento de liberdade, ah! isso parece.
Considero que hoje há poucos, pouquíssimos, articulistas independentes e os jornalistas experientes foram substituídos por jornalistas "investigativos" bastante jovens.
Mas que papel estes últimos estão cumprindo neste contexto?
Gostaria de perguntar aos jornalistas de hoje, a pergunta que fiz lá em cima, observados os detalhes que me chamam atenção e estão neste post, além de perguntar em que publicação escrita deveríamos acreditar nos dias atuais.

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