segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Lixo: uma igualdade já alcançada pela Parada Gay.

Quem acordou hoje e teve que entrar na Avenida Visconde de Souza Franco, seguindo pela Avenida Marechal Hermes até a Praça Waldemar Henrique pensava que estava ou nos Estados Unidos, depois dos furacões IKE e GUSTAV, ou no Iraque ou outro país em guerra.
O cenário era devastador.
Havia lixo por toda a extensão dessas vias.
Vendo os telejornais matutinos ficamos devidamente esclarecidos. Não se tratava de obra da natureza, nem de evento de guerra.
Tratou-se da versão belenense da Parada Gay. Segundo a polícia, cerca de 400 mil pessoas entre gays, lésbicas, transgêneros e simpatizantes estiveram presentes.
Tenho certeza que a tônica, além da alegria, foi o discurso da igualdade, do não à discriminação, do sim ao casamento homossexual etc.
Só não deve ter havido nenhum apelo para manter a cidade limpa. Nem como fazer isso.
Jogar aquilo que se consumiu simplesmente na rua e deixar para a Prefeitura recolher não foi politicamente correto.
Aliás, por essa (falta de limpeza) e outra (falta de segurança, sobretudo esta) é que as micaretas nas ruas se acabaram. Transformaram-se em indoors.
Evidentemente que a manifestação da Parada Gay não visa lucro, como as micaretas, mas não custava nada que aqueles que buscam igualdade de direitos também respeitassem o direito, seu e dos outros, de ter uma cidade limpa.
Também a Prefeitura de Belém deveria ter exigido dos patrocinadores do evento, sim porque pela estrutura movimentada este evento não nasceu do nada, deve ter havido lideranças e liderados, que o lixo fosse imediatamente recolhido, com taxas bem cobrados pelo lixo produzido.
Ou será que isso não é cidadania também?
Uma coisa é certa: os participantes da Parada Gay são tão porcalhões quantos os ricos e pobres que frequentam as praias do Atalaia, em Salinas, ou Crispim, em Marapanim, ou ainda de Marudá.
São tão porcalhões como os que frequentam os campos de futebol, as nossas praças, ou jogam objetos pelas janelas dos carros e ônibus nas ruas, ou ainda os que jogam lixo pelas janelas dos edifícios.
Essa igualdade todos os citados já alcançaram.
Vida que segue...

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