quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Circulação de veículos na cidade: obstáculos a vencer

Numa estrada ou nas ruas de uma cidade é comum quando nos defrontamos com um engarrafamento percebermos que muitas vezes ele é originado por um simples trocar de pneus de alguém no caminho, uma leve batida de carro ou um trivial embarque e desembarque de pessoas.
Mas são essas aparentes pequenas coisas que vão minando a capacidade de circulação de uma cidade.
São Paulo, por exemplo, retirou os outdoors de suas vias. Por que fez isso?
Aparentemente foi só pela estética. Mas não só.
Assim como as pequenas batidas e embarque e desembarque, a colocação de outdoors ou "night and day" nas adjacências das vias chamam a atenção dos motoristas e fazem com que eles diminuam a velocidade do automóvel para observarem a propaganda, além evidentemente de desviarem a atenção causando riscos de acidentes.
Da mesma forma, quando a cidade não cuida de estabelecer regramentos para a quantidade de estabelecimentos comericiais que pode suportar um quarteirão que não seja projetado para local de instalação de atividades comerciais, ela estará prejudicando a circulação de veículos porque naquele local os motoristas de táxis quererão instalar pontos, as empresas de ônibus e a população também exigirão paradas, mais pessoas vão querer estacionar e mais ainda embarcarão e desembarcarão nas proximidades. Estão completos os ingredientes de novos engarrafamentos na cidade.
Faça um exercício mental sobre a sua cidade. O exposto acima ocorre?
Em Belém isso ocorre, e muito. Estabelecimentos comerciais são instalados sem a devida observação da legislação. Há um cruzamento de ruas na cidade que das quatro esquinas, três são ocupadas por farmácias e duas coupadas por pontos de táxi que se somam no quarteirão a uma clínica de grande porte de diagnóstico de imagens, um colégio, duas lanchonetes, um restaurante, uma agência bancária, uma papelaria, um armarinho, dois consultórios médicos e mais outras coisas que não consigo lembrar. Um dos pontos de táxi coincide com uma parada de ônibus! É mole?! Fora os ambulantes, que procuram grandes locais de circulação de pessoas. Isso tudo num quarteirão de pouco mais de cem metros.`
É verdade que houve um aumento do número de veículos em todas as cidades do Brasil. Mas não menos verdade que as prefeituras estão longe de cuidar da gestão da circulação das ruas de maneira adequada.

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