terça-feira, 28 de julho de 2009

NO LIMITE...

Lemos e vemos nos jornais impressos e televisivos, uma nova onda de protestos, agora dos chamados FRETADOS, ônibus alugados por grupos de pessoas para apanhá-los e deixá-los em pontos pré-definidos.
Mais um caso de solução estatal bem depois da distorção criada.
As cidades tem crescido, via-de-regra, sem planejamento. E o poder público é quase sempre responsável pelas distorções criadas a partir de sua incúria.
Os centros comerciais e de trabalho não são distribuídos harmonicamente pela cidade, muito pelo contrário.
Normalmente, um centro comercial consolidado como os de Rio e São Paulo são pressionados cada vez mais por mais pessoas trabalhando no local porque prédios antigos que comportavam menos gente e salas são substituídos por grandes estruturas de andares e salas, sem a correspondente contrapartida de estacionamento, só para dar um exemplo.
E as distorções começam. As pessoas tem que trabalhar e não tem opção de transporte coletivo ou o transporte é deficiente, ou ainda as linhas não contemplam de forma isonômica a todos os usuários. Nascem as Vans, motos-táxis e, como vemos, os FRETADOS.
Aí o trânsito engarrafa, o comércio começa a perder dinheiro, as empresas tem problemas com os atrasos dos funcionários, as associações comerciais e empresariais reclamam para a prefeitura, a prefeitura tenta resolver e o picadeiro está armado.
armado, inclusive, por aqueles que não querem mais paradas de FRETADOS na frente de suas casas e prédios.
São Paulo talvez seja o melhor exemplo de cidade que queira sobreviver ao caos e insiste em não prever a mobilidade humana, acolhendo mais e mais pessoas de outros estados e cidades, numa luta inglória e de resultado previsível.
Ela não será o único exemplo. Cidades bem, mas bem menores que São Paulo, como Belém, por exemplo, já começam a viver o problema do caos urbano do transporte porque não consegue dar conta de oferecer oportunidade de meios de locomoção, nem se organizar, planejando-se, suficientemente bem para dar paz aos moradores.
Creio que se a Rede Globo, ao invés de ficar criando ambientes artificiais de programas como JOGO DURO e NO LIMITE, criasse um programa que simplesmente teriam pessoas que enfrentassem o dia-a-dia urbano, o resultado seria bem melhor....

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