terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Belém, 393 anos. O que comemorar?

Cidade informal que, tirando as ruas planejadas no início do século XX, retrata a falta de planejamento urbano no decorrer dos tempos. Cidade que teve uma das maiores produções de prédios históricos do Brasil por conta de sua administração direta da Coroa Portuguesa, mas que vê-los cair um a um, ou tornarem-se apenas fachada sem que o Poder Público possa conter a destruição. Cidade das bicicletas e dos moto-táxis, meios de transporte individual e individualista, que não consegue ter um Plano Diretor de Transporte Urbano e que não consegue dar um transporte público a seus habitantes, ricos e pobres. Cidade das águas, banhada por mais de 10 bacias hidrográficas, quase uma enseada, mas que começa a perceber níquel, cromo, mercúrio em suas águas ao seu redor.
Cidade das florestas urbanas, que perde cinco bosques Rodrigues Alves todos os anos, que desde 1975 só faz perder a sua cobertura vegetal.
Cidade da ausência de praças e logradouros de lazer contemplação.
Cidade de povo bom e hospitaleiro, que não consegue juntar forças para transformá-la.
Antes de comemoração, deveríamos juntar-nos em oração por esta cidade

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