Faz dias, acordamos com mais uma tragédia da natureza afetando seres humanos, desta vez em Santa Catarina no Brasil, mais especificamente no Vale do Rio Itajaí.
Um conjunto de fatores climáticos, evidentemente decorrentes das transformações que vêm ocorrendo nos últimos favoreceram a enxurrada e enchente que se abateu sobre as cidades da região.
Mas chama atenção a quantidade de casas em encostas e morros que literalmente desabaram em consequência das chuvas.
A construção de moradias em encostas e morros é irmã siamesa do desmatamento. Ocorrendo isso, por evidente a base das casas fica desprotegida ante o risco de erosão que pode ocorrer no local.
O rio Itajaí cruza pelo duas cidades atingidas e percebe-se nitidamente que os taludes (as beiras) do rio estão impermebilizadas. Isso é sintoma que não haverá infiltração do solo das chuvas e então o rio fatalmente tenderá ao transbordamento.
As cidades de uma maneira geral não estão preparadas para grandes acontecimentos e emergências climáticas.
Mas facilitam as tragédias a vontade irresistível da população em morar em morros, beiras de rios, seja por falta de oportunidades de uma localização melhor, seja por vontade própria de morar com vista para o rio ou bem mais próximo da natureza.
Passado o efeito da tragédia, espero que a população das cidades atingidas reconheçam a sua pequenez diante da reação da natureza e busquem outros locais para morarem, com o decisivo apoio do Poder Público local, estadual e federal.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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