Tem me causado espanto a quantidade de notícias relacionadas a maus tratos em crianças por pais, mães, babás, o assassinato de crianças por pais e mães, o uso de crianças como escudos para o depósito de armas para o tráfico e, por fim, uma reportagem em rede nacional sobre a briga de meninas adolescentes em frente a colégios públicos em Belém.
Tudo isso começa com a falta de educação sexual de jovens que causam a gravidez precoce em milhares de meninas despreparadas para a vida, de falta oportunidades ocupacionais, de pais e mães despreparados para a maternidade e paternidade, mesmo não sendo de classes sociais não consideradas abastadas, do egoísmo nascido nos tempos modernos, do hedonismo exposto diariamente aos nossos jovens e adultos. E tudo isso no contexto das cidades.
O resultado é o incrível número de crianças por família nas classes sociais D e E, o abandono de crianças pelo pai, pela mãe, o abanono da criança por ambos os pais; a entrega de filhos para avós que muitas vezes não tem mais condições físicas de criar uma criança ou um adolescente, o abandono à própria sorte na casa porque pai e mãe tem de trabalhar etc.
Muitas crianças e adolescentes é o mundo que tem criado. E se o mundo cria e ele tem sido cruel, violência e crueldade essas crianças e adolescentes devolverão para a sociedade.
Qual o papel da cidade nisso tudo? O primeiro é o forte investimento em educação, sexual ou regular. Para aqueles em idade de reprodução ou que já tenham filhos, um forte controle da natalidade.
As cidades que não acolhem as suas crianças e seus jovens padecem muito mais e não crescem. Não há cidade do mundo em paz se ela não dá oportunidade aos seus jovens.
A ausência de áreas verdes, de locais de lazer, de oportunidades de emprego levam a cidade para a violência e o desamor.
Obras físicas não bastam, é preciso investir no ser humano, na pessoa, por vida mais solidária e fraterna.
Ou isso ou a violência.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
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