Algum cientista já havia falado que quanto mais estudava, mais se aproximava de Deus.
Em verdade, isto quase nunca é sinônimo de verdade.
Quando meu pai adoeceu gravemente, tive acesso a um livro (mas não me perguntem o nome dele) onde havia uma estatística que as pessoas com câncer, de classe mais baixa, tinham mais sucesso no tratamento, muitas vezes por conta do componente religioso e de fé, ao contrário das pessoas com nível superior, mestrado e doutorado, que tinham resistência ao transcendente.
Quem já teve a experiência de ter que contar com um hospital público para tratar de um câncer pode imaginar porque o povo simples tem tanta fé.
Quem tem dinheiro, quem pode pagar um bom plano de saúde, que tem acesso aos melhores médicos e equipamentos, mantém quase sempre uma relação de confiança e de fé com seus médicos e as engenhocas que "operam" milagres.
O pobre, além também de contar com os heróis que estão nos hospitais públicos, contam apenas com o místico, com a fé, com a força de seu pensamento, com sua vontade de viver.
O Círio de Nazaré é momento de reflexão que transcende a religião para se tornar um fenômeno social.
O que leva a tanta gente pobre, humilde a se unir e ir à ruas expressar esse compromisso consigo mesmo e com sua fé?
Para eles, transcender é tão simples. Para letrados, a transcedência é tão mais complicada.
Abaixo, uma das belas músicas composta pelo Padre Fábio de Melo para o Círio.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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