Como disse em outro post, vale a pena conferir o discurso de posse de Barack Obama.
Descobrimos agora que Obama é pura miscigenação e multilateralidade. É cristão, com nome árabe, decendente de africano, há uma localidade no Japão por nome Obama, é negro.
Seu discurso prega uma nova era não só para os EUA, mas para o mundo. Prega o fim do mercado totalmente livre e o retorno do Estado solidário, prega o estender as mãos aos inimigos, a tolerância às diferenças, diz que o sentido de nação não está na cor, raça, religião, mas no fato de todos terem um sentido comum. Prega o respeito aos mais velhos e o culto aos antepassados que construíram a sua nação. Diz que os EUA devem respeitar o meio ambiente e usar os recursos ambientais com respeito as gerações futuras.Diz que vai combater a corrupção e os negócios feitos às escuras...
Foi um discurso marcante, não só pelo teor mas pela extrema sinceridade que tratou os problemas que irá enfrentar. Imagine algum político no Brasil falando com tanta sinceridade que enfrentará dificuldades e que essas dificuldades só serão superadas em anos.
Disse que quer fazer um programa de assistência médica universal, que os EUA precisam ser reconstruídos, que irá investir em estradas, pontes, infra-estrutura, energia alternativa.
Pausa para uma observação mais particular ainda.
Vendo as reportagens sobre os EUA, vi uma especialmente interessante que tratava dos programas assistenciais hoje oferecidos aos mais pobres.
Numa reportagem da Rede Record, Carlos Dornelles mostra que o governo americano doa cesta básicas para até três dias para desempregados e que mantém uma espécie de Bolsa Salário para velhos e desempregados. Como é que é?
Se isso fosse no Brasil, a imprensa estaria caindo de críticas por conta desses programas assistencialistas. E era um governo republicana, a direita das direitas que patrocinava esse programa. Além disso, os EUA não tem um sistema de saúde que contemple os mais pobres. Onde está a cidadania desse país mesmo?
Talvez o Brasil deve mostrar como é que faz, bem ou mal. Aqui no Brasil, especialmente em Belém, temos grandes hospitais particulares com equipamentos extremamente modernos, mas tratamento de redioterapia só no hospital público de referência. É o Estado que oferece o tratamento mais complexo de câncer.
Voltando ao ponto, enfim, Obama chegou.
Será que conseguirá dobrar a própria intolerância dos americanos mais atrasados? Será que estará protegido, como não estiveram seus compatriotas Luther King, John e Bob Kennedy e, no mundo, os tolerantes Gandhi, Ytzak Rabin, Anuar Sadat e tantos outros?
Será que ele vai conseguir vencer os mais variados lobbies que povoam os EUA e implementar as mudanças que propõe?
O mundo mais intolerante aceitará a tolerância que propõe?
Será que, finalmente, estamos diante de alguém diferente que sobreviverá aos que remam contra a maré do bem-querer, do cuidado, da solidariedade, do meio-ambiente saudável e da humanidade?
Vamos conferir e torcer para que assim seja.
Pai nosso que estás no céu....
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