quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Fórum Social Mundial e a chuva: o que Belém pode oferecer?

O Fórum social Mundial está chegando. A cidade tenta se preparar como pode para receber quase 100 mil pessoas. Haverá eventos em diversos pontos da cidade, inclusive no Distrito de Mosqueiro, localizado, por estrada, a cerca de 70 Km de Belém.
Casas foram alugadas, quartos, em face da dificuldade de acomodação de tantas pessoas numa cidade que não tem a vocação turística, com as cidades do nordeste do país, por exemplo. É verdade que está havendo uma mudança de perfil da cidade a partir da colocação à disposição para uso de um bonito e funcional centro de convenções, além de outros espaços que podem servir a congressos, seminários ou fóruns. Escolas vão parar no período do evento para que o trânsito consiga fluir um pouco melhor. As maiores escolas particulares também se dispuseram a servir de alojamento para os participantes.
Apesar da boa vontade, Belém suportará o evento?
Tratar-se-á de um teste, ou batismo, de fogo à base de muita água. O FSM realiza-se no período chuvoso. No mais chuvoso.
Por conta das características topográficas, somadas à incúria dos governantes, Belém atravessa problemas de saneamento e escoamento das águas pluviais de décadas. O caso de ruas como a Mundurucus, Pariquis, Conceição, Conselheiro Furtado remontam à década de 70. Era menino e essas ruas alagavam. Hoje, homem feito e quarentão os problemas permanecem quase os mesmos.
Além disso, carapanãs, mosquitos, doenças tropicais podem ser incômodos aos nossos visitantes.
Em tem a questão da violência. Apesar da Força Nacional, do reforço do policiamento, as colunas policiais ainda teimam em mostrar assaltos e sequestros relâmpagos.
Belém não tem se preparado para ser uma cidade agradável aos seus habitantes. Conseguirá sê-la para seus visitantes?
É possível que nosso povo receptivo supra a deficiência estrutural.
Que a chuva lave nossos pecados e Deus nos ajude.

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