segunda-feira, 3 de março de 2014
E lá se vão 10 anos...
Foi numa segunda-feira, após um domingo de melhora que quase todos os netos a visitaram que, como ela mesma diria, a "maldita" a levou de nós.
Foi-se a doçura, até mesmo quando ralhava, foi-se o exemplo presente para nós e para toda a família. Ela era uma mulher à frente de seu tempo. Trabalhou desde mocinha, formou-se quando já tinha seus cinco filhos nascidos e desta sua iniciativa, amigas e parentes também resolveram estudar e ter um nível superior.
Era puro amor, puro serviço, alma bondosa e justa.
Sou testemunha daquele dito que diz que os filhos nunca mais são os mesmos quando os pais se vão.
Mas, sou testemunha também do ciclo da vida que nos renova e nos torna feliz, mesmo faltando peças insubstituíveis e inesquecíveis na nossa vida.
Talvez seja exatamente esse o segredo. Para quem vive o amor e no amor as vidas não se acabam. A presença, na ausência, com todas as lembranças e ensinamentos positivos, é mais forte do que a saudade. De todo o choro de toda a tristeza, renasce a alegria.
Socorro-me do poeta Gonzaguinha para me dizer hoje uma pessoa feliz, ao lado da minha Carol O' de Almeida, da pequena, alegre, carinhosa e fofa Ana Laura, que ela certamente amaria como amou todos os netos que conheceu, e feliz mesmo longe dos meus nem tão pequenos João Pedro O'de Almeida e Ana Ana Luisa O de Almeida:
"É um carinho guardado no cofre
De um coração que voou
É um afeto deixado nas veias
De um coração que ficou
É a certeza da eterna presença
Da vida que foi
Da vida que vai
É a saudade da boa
Feliz, cantar
Que foi, foi, foi
Foi bom e pra sempre será
Mais, mais, mais
Maravilhosamente amar"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário